No mês da prematuridade, AMIB alerta para déficit de 1.500 leitos de UTI neonatal no Brasil

No mês da prematuridade, AMIB alerta para déficit de 1.500 leitos de UTI neonatal no Brasil

Quase 40 prematuros nascem a cada hora no Brasil, e para garantir a assistência a esses recém-nascidos, os sistemas de saúde público e privado contam com 10.288 leitos de Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) neonatais. No entanto, um levantamento realizado pela Associação de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB) aponta que, em 17 estados, a quantidade de leitos de UTI neonatal é inferior ao recomendado (4 leitos por 1.000 nascidos vivos), mesmo somando os leitos do Sistema Único de Saúde (SUS) e da rede suplementar. Nestas unidades da federação, seria necessário um aumento de cerca de 1.500 leitos adicionais para atingir a meta de cobertura mínima recomendada.

 

O alerta faz parte das ações alusivas ao mês da prematuridade, o Novembro Roxo, que visa aumentar a conscientização sobre os desafios enfrentados pelos bebês prematuros e suas famílias. O tema também será um dos destaques do Congresso Brasileiro de Medicina Intensiva (CBMI) 2024, que acontece nesta semana, entre 14 e 16 de novembro, em São Paulo (SP).

 

Durante o evento, especialistas discutirão a importância de uma infraestrutura adequada e de cuidados intensivos especializados para neonatos, ressaltando a necessidade de políticas públicas para garantir a sobrevivência e o bem-estar das crianças que nascem antes de 37 semanas de gestação e apresentam estado de saúde grave, especialmente no Norte e Nordeste do País.

 

“Ainda enfrentamos grandes desafios quando se trata de oferecer cuidados adequados aos bebês prematuros. A falta de leitos de UTI neonatal em algumas localidades, a desigualdade na distribuição de recursos e a sobrecarga do SUS são questões que afetam diretamente a saúde dessas crianças vulneráveis. Precisamos garantir que todos os bebês prematuros, independentemente de sua localização, recebam os cuidados necessários para uma chance de vida plena”, destacou a presidente da AMIB, Patrícia Mello.

 

Apesar de a média nacional estar ligeiramente acima do preconizado, com 4,06 leitos por 1.000 nascidos vivos, considerando tanto a rede pública quanto a privada, se avaliados apenas os leitos disponíveis no SUS, a média cai para 2,03 leitos. “Em nenhum estado brasileiro, as condições das UTI atendem os parâmetros ideais, no que se refere aos leitos do SUS. Além de revelar uma dependência do setor privado, o levantamento mostrou a desigualdade na distribuição geográfica dos leitos”, destacou a intensivista.

Abaixo do recomendado – Pelos números apurados, os estados que têm piores indicadores leitos/nascidos vivos são Acre, Amazonas, Roraima e Maranhão. Em todos eles, a proporção é inferior a 2 leitos por mil nascidos vivos, ou seja, metade da média nacional. Neste cálculo foram considerados os serviços públicos e privados. Avaliando-se apenas a performance do setor público (ou seja, os leitos de UTI neonatal disponíveis para o SUS), o quadro é ainda pior: nenhum estado alcança o parâmetro recomendado pelos especialistas e somente 11 estados superam ou igualam a média nacional.

Fonte: Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES). Elaboração: AMIB

 

A região Sudeste exibe a melhor cobertura combinada – SUS e não SUS –, com 5,55 leitos por 1.000 nascidos vivos, destacando-se como a região com menor déficit e a melhor capacidade de atendimento, inclusive com excedente em estados como Rio de Janeiro (9,05) e São Paulo (5,03). Já o Norte está bem abaixo da meta, com apenas 2,42 leitos. O déficit total estimado em cindo estados da região é de aproximadamente 453 leitos para atingir a meta.

 

Na análise realizada, é possível verificar também a desigualdade na distribuição geográfica dos leitos. Só o Sudeste concentra mais da metade do total de UTIs neonatal de todo o País: 44% das que estão no SUS e 60% do privado. Já o Norte tem a menor proporção: apenas 7% de todos os leitos (8% públicos e 6% privados).

 

 

“Embora a quantidade de leitos tenha aumentado nos últimos anos, a quantidade de leitos no SUS ainda é insuficiente para cobrir a crescente demanda”, pontua o presidente do Conselho Consultivo da AMIB, Ederlon Rezende, ao defender a adoção de medidas urgentes que resolvam essa situação e outras que permitirão o nascimento seguro se tornem realidade de Norte a Sul.

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Em novembro, Brasil se veste de azul e vermelho para celebrar campanha Orgulho de ser Intensivista

Em novembro, Brasil se veste de azul e vermelho para celebrar campanha Orgulho de ser Intensivista

Em novembro, prédios, monumentos e pontos turísticos em diferentes cidades do Brasil ganharão iluminação especial nas cores azul e vermelho, em apoio à edição 2024 da campanha Orgulho de Ser Intensivista, promovida pela Associação de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB) e suas regionais. O objetivo da campanha é combater o estigma das Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) e destacar o importante papel dos intensivistas na recuperação de pacientes críticos.

Até o momento, a campanha conta com o apoio de 68 parceiros, incluindo 46 instituições, 11 governos estaduais, sete prefeituras, dois clubes de futebol e duas concessionárias aeroportuárias. Além da iluminação de prédios e monumentos, a ação conta com a distribuição de conteúdo educativo, mostrando que as UTIs não representam o fim da linha para pacientes graves, mas sim espaços de esperança, cuidado e acolhimento.

“A iluminação de monumentos e a adesão de tantos parceiros a esta campanha mostram a importância de valorizar o trabalho dos intensivistas e desmistificar o papel das UTIs. Essas unidades são locais de vida, de recuperação e de esperança para os pacientes mais graves. Com a campanha Orgulho de Ser Intensivista, buscamos ampliar a compreensão da sociedade sobre o impacto positivo que a medicina intensiva tem na saúde dos brasileiros”, afirma Patrícia Mello, presidente da AMIB.

Saiba mais sobre a campanha em https://orgulhodeserintensivista.org.br/

Confira abaixo alguns dos parceiros que apoiam a campanha Orgulho de Ser Intensivista, agrupados por Unidade Federativa:

  • Acre (AC): O edifício-sede do Tribunal de Justiça do Estado do Acre (TJAC) e as demais unidades jurisdicionais do estado foram iluminadas nas cores azul e vermelho em apoio à campanha.

    Amapá (AP): O Norte da Amazônia Airports (NOA) divulgou o material da campanha.

    Amazonas (AM): A sede do Governo do Estado do Amazonas recebeu iluminação especial em apoio à campanha entre 4 e 11 de novembro. O Teatro Amazonas, principal símbolo cultural e arquitetônico do Estado, tombado pelo Patrimônio Histórico Nacional, se iluminou de azul e vermelho no dia 10 de novembro, às 18h30. A Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa do Amazonas divulgou o material da campanha.

    Bahia (BA): A Prefeitura Municipal de Salvador iluminou o Monumento a Clériston Andrade e os Arcos da Ladeira da Montanha nas cores azul e vermelho entre 4 e 11 de novembro.

    Ceará (CE): A Secretaria da Saúde do Estado do Ceará (Sesa) divulgou o material da campanha.

    Distrito Federal (DF): O Palácio do Buriti, sede do Governo do Distrito Federal, ganhou tons azul e vermelho entre 4 e 11 de novembro, assim como a Torre de TV de Brasília e o Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT). A Esplanada dos Ministérios, que inclui o Ministério da Saúde e mais 16 ministérios, recebe iluminação especial entre 08 e 13 de novembro. As sedes da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) e da Fiocruz de Brasília foram iluminadas de azul e vermelho no dia 10 de novembro. A cúpula do Senado Federal foi iluminada de azul e vermelho nos dias 10 e 11 de novembro em apoio à campanha. A sede do Superior Tribunal de Justiça (STJ) ganhou tons de azul e vermelho entre 04 e 11 de novembro. Em apoio à campanha, o Supremo Tribunal Federal (STF) recebe iluminação azul e vermelho entre 11 e 16 de novembro. O Banco de Brasília S.A (BRB), através da sua operadora de planos de saúde, assim como o Conselho Federal de Medicina (CFM), o Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems), o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e o Superior Tribunal Militar (STM) divulgaram o material da campanha.

    Espírito Santo (ES): A Prefeitura Municipal de Vitória iluminou nas cores azul e vermelho o Viaduto do Caramuru, a Ponte da Ilha do Frade e a Catedral Metropolitana de Vitória entre 4 e 11 de novembro.

    Mato Grosso (MT): A Secretaria de Estado de Saúde de Mato Grosso (SES-MT) divulgou o material alusivo ao tema.

    Mato Grosso do Sul (MS): O Tribunal Regional do Trabalho da 24ª Região (MS) divulgou o material da campanha.

    Minas Gerais (MG): O América Futebol Clube (América Mineiro) e a Prefeitura Municipal de Belo Horizonte divulgaram o material alusivo ao tema.

    Pará (PA): O Norte da Amazônia Airports (NOA) divulgou o material da campanha.

    Paraíba (PB): O Tribunal de Justiça do Estado da Paraíba (TJPB) ilumina nas cores azul e vermelho o Palácio da Justiça, os Fóruns Cível e Criminal durante todo o mês de novembro e a Escola Superior da Magistratura da Paraíba (Esma) e a Corregedoria entre 4 e 30 de novembro.

    Paraná (PR): A sede da Assembleia Legislativa do Estado do Paraná (Alep) ganhou tons de azul e vermelho no dia 10 de novembro. A Prefeitura Municipal de Curitiba iluminou nas cores alusivas à campanha a Estufa do Jardim Botânico entre 4 e 11 de novembro. O Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) iluminou o seu prédio-sede e o Fórum de Curitiba nas cores azul e vermelho entre 4 e 11 de novembro em apoio à campanha.

    Pernambuco (PE): O Edifício Governador Miguel Arraes de Alencar, sede da Assembleia Legislativa do Estado de Pernambuco (Alepe), foi iluminado nas cores azul e vermelho entre 4 e 10 de novembro. A concessionária de aeroportos Aena Brasil divulgou o material da campanha.

    Piauí (PI): O Palácio Karnak, sede do Gabinete Militar da Governadoria do Estado do Piauí, recebeu iluminação nas cores alusivas à campanha entre 4 e 11 de novembro.

    Rio de Janeiro (RJ): O Palácio Guanabara, sede do Governo do Estado do Rio de Janeiro, foi iluminado nas cores azul e vermelho entre 4 e 8 de novembro em apoio à campanha. A Prefeitura Municipal do Rio de Janeiro iluminou o Monumento a Estácio de Sá nas cores alusivas à campanha entre 4 e 11 de novembro.  O Palácio Pedro Ernesto, sede da Câmara Municipal do Rio de Janeiro, foi iluminado nas cores azul e vermelho entre 4 e 11 de novembro em apoio à campanha. A Câmara Municipal de Niterói ganhou tons azul e vermelho entre 4 e 11 de novembro.

    Rio Grande do Norte (RN): A fachada do Hospital Estadual Telecila Freitas Fontes (HETFF), vinculado à Secretaria de Estado da Saúde Pública (SESAP), sob administração do Governo do Estado do Rio Grande do Norte foi iluminada nas cores azul e vermelho em apoio à campanha.

    Rio Grande do Sul (RS): O Palácio Piratini, sede do Governo do Estado do Rio Grande do Sul, recebeu iluminação nas cores azul e vermelho entre 4 e 11 de novembro. A Arena do Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense está iluminada de azul durante todo o mês de novembro em apoio à campanha.

    Santa Catarina (SC): A sede da Justiça Federal de Santa Catarina (JFSC) foi iluminada nas cores alusivas à campanha entre 4 e 11 de novembro. A Prefeitura Municipal de Florianópolis iluminou a Figueira da Praça XV de Novembro nas cores azul e vermelho entre 4 e 10 de novembro. O Tribunal Regional do Trabalho da 12ª Região (TRT-SC) e o Tribunal Regional Eleitoral de Santa Catarina (TRE-SC) divulgaram o material da campanha.

    São Paulo (SP): Durante todo o mês de novembro, a Associação Médica Brasileira (AMB) ilumina sua sede nas cores alusivas à campanha. O Palácio Anchieta, sede da Câmara Municipal de São Paulo, está iluminada de azul durante todo o mês de novembro. O Palácio dos Bandeirantes, sede do Governo do Estado de São Paulo, recebeu iluminação nas cores azul e vermelho entre 4 e 11 de novembro. A Prefeitura Municipal de São Paulo iluminou de azul e vermelho a Ponte Estaiada Octávio Frias de Oliveira, o Viaduto do Chá, o Pateo do Collegio e a Biblioteca Mário de Andrade entre 7 e 11 de novembro. As estações Sumaré, Trianon-Masp, Sacomã e Tamanduateí do Metrô de São Paulo receberam iluminação especial em apoio à campanha. A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) aderiu à campanha e divulgou o material.

    Sergipe (SE): O Tribunal Regional Eleitoral de Sergipe (TRE-SE) divulgou material alusivo ao tema.

    *Atualizado até o dia 11 de novembro de 2024.

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O Papel da Medicina Intensiva no Brasil: Reflexões e Desafios do Dia do Intensivista

O Papel da Medicina Intensiva no Brasil: Reflexões e Desafios do Dia do Intensivista

No dia 28 de outubro, comemoramos o Dia do Intensivista, data dedicada a homenagear os profissionais da medicina intensiva, que desempenham um papel essencial no atendimento de pacientes em estado crítico. Este ano, no Plenário da Câmara dos Deputados, a Dra. Patrícia Mello, presidente da Associação de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB), fez um discurso inspirador que destacou tanto a importância quanto os desafios enfrentados pelos intensivistas em nosso país. Vamos explorar alguns dos principais pontos abordados por ela e entender como a medicina intensiva pode melhorar o sistema de saúde brasileiro.

A Importância da Medicina Intensiva

A medicina intensiva é uma especialidade que surgiu entre as décadas de 1940 e 1960, com o desenvolvimento de novas tecnologias e técnicas, como a hemodiálise, os ventiladores artificiais e os desfibriladores. Com esses avanços, tornou-se possível salvar pacientes em condições antes consideradas fatais, o que abriu caminho para tratamentos intensivos e, mais tarde, para as modernas Unidades de Terapia Intensiva (UTIs). No Brasil, a prática começou a se consolidar nos anos 60, embora tenha demorado mais para alcançar sua profissionalização completa e o reconhecimento como especialidade médica, o que só ocorreu em 2002.

Dra. Patrícia destaca que o intensivista é o médico responsável pelo cuidado integral de pacientes críticos, recebendo casos de todas as especialidades médicas e oferecendo suporte avançado a pacientes com falência de múltiplos órgãos. Esse profissional precisa ter um conhecimento profundo e atuar rapidamente em situações de risco, tomando decisões que muitas vezes são cruciais para a sobrevivência do paciente.

Desafios das UTIs no Brasil

Apesar de sua importância, a medicina intensiva ainda enfrenta muitos desafios no Brasil. Dra. Patrícia ressalta que, historicamente, a especialidade permaneceu “invisível” para muitos setores da sociedade e até mesmo para gestores públicos. Um dos maiores problemas é a falta de equidade no acesso às UTIs. Em regiões mais afastadas dos grandes centros urbanos, como o Norte e Nordeste, a oferta de UTIs e de profissionais especializados é significativamente menor, o que impede que muitos brasileiros tenham acesso ao atendimento intensivo de qualidade.

Outro ponto levantado foi a falta de profissionais capacitados em diversas regiões, o que impacta diretamente a qualidade do atendimento. A escassez de intensivistas dificulta a ampliação de leitos e a criação de uma infraestrutura de cuidados intensivos em áreas vulneráveis, o que gera desigualdade no sistema de saúde e limita o acesso de muitos pacientes aos cuidados necessários.

Lições da Pandemia

A pandemia de COVID-19 trouxe visibilidade à importância da medicina intensiva e revelou os desafios das UTIs de forma incontestável. Durante esse período, ficou claro que um leito de UTI não é apenas uma cama cercada de equipamentos. O atendimento de alta qualidade depende de uma equipe multidisciplinar capacitada e experiente. Como Dra. Patrícia ressaltou, equipamentos não salvam vidas sozinhos; o verdadeiro valor de uma UTI está na competência e dedicação dos profissionais de saúde que trabalham nela.

Durante a pandemia, a demanda por leitos e respiradores aumentou drasticamente. No entanto, muitos pacientes passaram a temer o uso desses equipamentos, principalmente após relatos de insucesso em UTIs improvisadas. Esse cenário foi um alerta importante: a improvisação em ambientes complexos como UTIs não gera bons resultados. O improviso, nesses casos, é sinônimo de riscos e falhas, que podem colocar em risco a vida dos pacientes.

Propostas para Melhorar a Medicina Intensiva no Brasil

Dra. Patrícia Melo apresentou algumas sugestões para fortalecer a medicina intensiva no Brasil e garantir um atendimento de qualidade a todos os cidadãos:

  • Gestão Profissional e Vigilância: Para evitar práticas inadequadas e garantir que as UTIs funcionem com responsabilidade, é necessária uma gestão qualificada. Dra. Patrícia propõe uma vigilância constante e o cumprimento rigoroso de normas e regulamentos para manter a qualidade do atendimento.

  • Equidade no Acesso às UTIs: Para que todos os brasileiros tenham acesso a um cuidado intensivo de excelência, é necessário resolver a má distribuição de leitos e profissionais qualificados. Investir em novas UTIs nas regiões menos atendidas pode gerar um sistema mais justo e acessível.

  • Incentivo à Pesquisa e Inovação: A medicina intensiva brasileira, apesar das dificuldades, já possui reconhecimento internacional. Investir em pesquisa e tecnologia pode levar a novos avanços e soluções para melhorar os resultados clínicos e reduzir a mortalidade.

  • Educação e Capacitação Contínua: Dra. Patrícia defende a necessidade de educação continuada, especialmente para profissionais que atuam longe dos grandes centros. A formação contínua dos plantonistas e a capacitação de novos intensivistas são essenciais para garantir um atendimento padronizado e de qualidade em todas as regiões do Brasil.

  • Valorização e Visibilidade: A medicina intensiva é uma especialidade difícil, que exige muito dos profissionais. Esses especialistas precisam ser valorizados e incentivados, não apenas em tempos de crise, mas diariamente, para que possam continuar oferecendo um cuidado de qualidade e inspirando as próximas gerações a seguirem essa vocação.

Um Apelo aos Representantes Públicos

Dra. Patrícia Melo encerrou seu discurso com um apelo aos representantes públicos para que apoiem as melhorias necessárias nas UTIs. Ela ressalta que é essencial garantir a qualidade e segurança do atendimento intensivo, assegurando que, quando faltar a saúde a qualquer brasileiro, ele receba o cuidado competente e digno que merece. A homenagem e a oportunidade de serem ouvidos são passos importantes para que os profissionais de saúde intensiva alcancem a visibilidade necessária e para que as UTIs recebam o suporte indispensável.

A Transformação das UTIs no Brasil: Como o Projeto "UTIs Brasileiras" Está Salvando Vidas

A mensagem da Dra. Patrícia Melo no Dia do Intensivista serve como um importante lembrete da importância da medicina intensiva e dos desafios que ainda precisam ser enfrentados. Com o apoio de políticas públicas adequadas, investimentos em capacitação e uma gestão profissional, o Brasil pode avançar para um sistema de saúde mais justo, onde todos tenham acesso ao atendimento intensivo de qualidade.

Se você deseja entender mais profundamente o impacto da medicina intensiva e as necessidades das UTIs no Brasil, assista ao vídeo completo com o discurso da Dra. Patrícia Melo na Câmara dos Deputados. É uma oportunidade de ver, diretamente dos especialistas, como podemos transformar o cuidado intensivo em nosso país.

Assista ao vídeo e saiba mais!

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Projeto UTIs Brasileiras: Reduzindo a Mortalidade e Melhorando a Qualidade das UTIs no Brasil | Dr. Ederlon Rezende

A Transformação das UTIs no Brasil: Como o Projeto "UTIs Brasileiras" Está Salvando Vidas

No Brasil, o atendimento em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) é um dos pilares mais críticos do sistema de saúde, especialmente em tempos de pandemia e outras crises de saúde. No entanto, a disparidade entre as UTIs públicas e privadas do país gera preocupações, com taxas de mortalidade significativamente mais altas em hospitais públicos. Para enfrentar esse desafio, a Associação de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB), em parceria com a Epimed, criou o Projeto UTIs Brasileiras.

No dia 29 de outubro, durante a celebração do Dia do Intensivista no Plenário da Câmara dos Deputados, Dr. Ederlon Rezende, um dos líderes do projeto, apresentou um discurso esclarecedor sobre a importância desta iniciativa para o país.

O Que é o Projeto "UTIs Brasileiras"?

O Projeto UTIs Brasileiras é uma iniciativa pioneira que visa mapear, analisar e melhorar o funcionamento das UTIs em todo o Brasil. Por meio de um extenso banco de dados, o projeto reúne informações sobre o desempenho das unidades de terapia intensiva e oferece ferramentas para a gestão da saúde intensiva em hospitais, com o objetivo de transformar o atendimento e melhorar tanto os processos quanto os resultados para os pacientes.

Uma das principais descobertas do projeto é a grande diferença entre as UTIs públicas e privadas no Brasil, especialmente em termos de taxas de mortalidade. Enquanto as UTIs privadas apresentam uma taxa de mortalidade de 11%, as UTIs públicas enfrentam números alarmantes, com 27% de mortalidade. Essa disparidade reflete não apenas questões de infraestrutura, mas também a falta de gestão e de recursos humanos adequados.

As Causas da Desigualdade nas UTIs

Os fatores que explicam essa desigualdade são diversos. Um dos principais é o acesso desigual à saúde. Pacientes em UTIs públicas geralmente chegam em condições muito mais graves, resultado de uma falta de atendimento primário adequado. Em muitas regiões do Brasil, especialmente no Norte e Nordeste, o acesso a cuidados médicos de qualidade é limitado, o que agrava a saúde das pessoas antes mesmo de chegarem à necessidade de uma UTI.

Outro problema significativo é a escassez de profissionais qualificados nas unidades de terapia intensiva, principalmente nas regiões mais distantes dos grandes centros urbanos. A falta de intensivistas e o baixo nível de capacitação de muitos profissionais contribuem diretamente para os altos índices de mortalidade.

Como o Projeto UTIs Brasileiras Está Ajudando a Mudar o Cenário

O Projeto UTIs Brasileiras já está mostrando um impacto positivo, especialmente em regiões mais carentes. Nas UTIs do Norte e Nordeste, por exemplo, a implementação de indicadores de performance tem permitido uma gestão mais eficiente, levando a uma redução nas taxas de mortalidade.

Ao utilizar ferramentas de análise de dados, o projeto permite que gestores hospitalares implementem processos baseados em evidências, otimizando o uso de leitos e melhorando os protocolos de atendimento. Além disso, a capacitação contínua de profissionais de saúde, como intensivistas, é uma prioridade para garantir que as UTIs ofereçam cuidados adequados e em tempo hábil para os pacientes em estado crítico.

A Necessidade de Políticas Públicas para Apoiar o Projeto

Além das iniciativas já em andamento, Dr. Ederlon Rezende ressaltou, em seu discurso na Câmara dos Deputados, a necessidade de políticas públicas que incentivem a eficiência nas UTIs. Ele sugere que UTIs bem geridas e com bons resultados possam ser premiadas, criando um sistema de recompensas que valorize a excelência no atendimento intensivo.

Dr. Rezende também enfatizou a importância de garantir que as UTIs sejam bem estruturadas e equipadas, com protocolos definidos e uma integração eficiente com o sistema de saúde, de modo que todos os brasileiros, independentemente de sua localização, tenham acesso a um atendimento intensivo de alta qualidade.

Conclusão: O Caminho Para Melhorar a Saúde Intensiva no Brasil

O Projeto UTIs Brasileiras representa uma das iniciativas mais inovadoras e essenciais para o fortalecimento da saúde pública no Brasil. Ao trazer à tona a importância de análise de dados, otimização da gestão e capacitação de profissionais, o projeto tem mostrado resultados impressionantes na redução das taxas de mortalidade e na melhoria do atendimento em UTIs, especialmente em áreas mais vulneráveis.

Se você deseja entender melhor como essa iniciativa está transformando a realidade das UTIs no Brasil e como ela pode garantir um atendimento intensivo digno para todos os brasileiros, assista ao vídeo completo do discurso do Dr. Ederlon Rezende no Plenário da Câmara dos Deputados. No vídeo, ele aprofunda o impacto do projeto e as políticas públicas necessárias para garantir um futuro com mais igualdade e acesso à saúde intensiva no Brasil.

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Câmara dos Deputados realizará sessão solene em homenagem aos intensivistas

Câmara dos Deputados realizará sessão solene em homenagem aos intensivistas

Na próxima terça-feira (29), dirigentes da Associação de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB) estarão em Brasília para acompanhar a Sessão Solene em homenagem aos intensivistas na Câmara dos Deputados. A cerimônia, proposta pelo Deputado Federal Júlio Arcoverde, marcará o início das celebrações do mês em que se comemora o Dia do Intensivista, em 10 de novembro. O evento ocorrerá às 9h, no Plenário da Casa Legislativa.

A sessão solene integra uma série de ações da campanha nacional Orgulho de Ser Intensivista, que neste ano iluminará monumentos e pontos de referência em várias cidades do Brasil com as cores azul e vermelho, incluindo a Esplanada dos Ministérios e o Congresso Nacional. A campanha visa conscientizar a sociedade sobre a importância das Unidades de Terapia Intensiva (UTIs), enfatizando que elas não representam o fim da linha, mas sim locais de recuperação e esperança.

“Convidamos a todos os médicos intensivistas e outros profissionais de saúde que atuam nas Unidades de Terapia Intensiva, além dos estudantes de medicina, para participarem conosco deste ato de reconhecimento. Como responsáveis pelo atendimento de pacientes com condições de saúde graves, temos a responsabilidade de assegurar que todos compreendam a importância de nosso trabalho e o impacto que ele tem na recuperação e na qualidade de vida desses pacientes”, destacou a presidente da AMIB, Patrícia Mello.

Na oportunidade, a representante da AMIB estará acompanhada do presidente do Conselho Consultivo da instituição, Ederlon Rezende, e da intensivista Bárbara Arcoverde, uma das protagonistas do vídeo Intensivistas: Guardiões da Esperança. O filme desafia o senso comum de que as UTIs são lugar de dor, medo e sofrimento e busca também sensibilizar a sociedade e os gestores de saúde sobre os desafios enfrentados pelos médicos e outros profissionais em um dos ambientes mais exigentes da medicina.

A participação no evento será aberta ao público e transmitida também através dos canais oficiais da Câmara dos Deputados. “Todos os profissionais da saúde exercem um papel fundamental e inspirador. Esta sessão é uma homenagem àqueles que cuidam nos momentos mais críticos, com dedicação, respeito e amor. Eles são verdadeiros anjos da guarda em situações de extrema vulnerabilidade”, destaca o deputado Júlio Arcoverde.

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Sessão Solene na Câmara Homenageia Profissionais Intensivistas e Destaca Desafios da Medicina Intensiva no Brasil

Sessão Solene na Câmara Homenageia Profissionais Intensivistas e Destaca Desafios da Medicina Intensiva no Brasil

Em uma sessão solene realizada recentemente na Câmara dos Deputados, presidida pelo Deputado Júlio Arcoverde, foram homenageados os profissionais da medicina intensiva em reconhecimento ao seu papel crucial na saúde pública e ao trabalho desempenhado nos momentos mais críticos da pandemia de COVID-19. A cerimônia destacou não apenas a importância dos médicos intensivistas, mas também os desafios enfrentados pela especialidade e a necessidade de políticas públicas que valorizem e ampliem essa força de trabalho essencial.

Temas Principais da Sessão

Durante o evento, diversos temas cruciais foram abordados pelos líderes da medicina intensiva e pelos parlamentares presentes. Entre eles, destacam-se:

Importância dos Intensivistas na Saúde Pública Brasileira

Os profissionais intensivistas foram lembrados pelo seu papel fundamental no cuidado de pacientes em condições críticas, como casos de sepse, infartos e outras situações de risco de vida. Com atuação em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs), esses profissionais são indispensáveis para a sobrevivência de pacientes graves, liderando equipes multidisciplinares em um trabalho intenso e de alta complexidade.

Impactos da Pandemia na Medicina Intensiva

A pandemia foi um momento decisivo que evidenciou as limitações e carências do setor. Durante a crise sanitária, o aumento de pacientes graves trouxe à tona a escassez de leitos de UTI e a falta de intensivistas qualificados, especialmente nas regiões Norte e Nordeste do país. Além disso, a sobrecarga emocional e física sobre esses profissionais foi um ponto destacado, reforçando a necessidade de apoio psicológico e valorização.

Escassez de Profissionais e Desigualdade Regional

Com menos de 9.000 médicos intensivistas atuando no Brasil, onde a demanda ideal seria de mais de 40.000, o déficit de profissionais é crítico. Essa insuficiência é ainda mais grave fora dos grandes centros urbanos, onde a oferta de leitos de UTI e profissionais especializados é limitada, impactando a qualidade do atendimento em áreas mais vulneráveis.

Valorização e Incentivo à Formação de Novos Profissionais

A formação de novos intensivistas foi amplamente debatida, com apelos para que os jovens médicos sejam incentivados a ingressar nessa especialidade. Investimentos na capacitação e na formação contínua são vistos como essenciais para atender à crescente demanda por cuidados intensivos, e o evento enfatizou a importância de políticas públicas que promovam a atratividade da especialidade e melhorem as condições de trabalho dos profissionais.

Inovação e Tecnologia na Medicina Intensiva

Outro ponto abordado foi a necessidade de inovação nas UTIs, onde tecnologia e equipamentos de última geração são imprescindíveis para a eficácia do tratamento. Além disso, houve menções sobre o papel crescente de tecnologias como inteligência artificial e sistemas de monitoramento avançados para otimizar o cuidado intensivo.

Assista ao Vídeo da Sessão Solene

Para aqueles que desejam ver a sessão completa e acompanhar as falas e depoimentos dos profissionais e parlamentares, o vídeo está disponível no link abaixo:

Conclusão

A homenagem aos intensivistas reforça o reconhecimento da sociedade e do governo pela dedicação desses profissionais, especialmente em tempos de crise sanitária. Os desafios enfrentados pela medicina intensiva no Brasil, incluindo a necessidade de mais leitos, melhor infraestrutura e apoio emocional, demonstram a urgência de medidas que assegurem condições adequadas para que esses profissionais continuem salvando vidas e oferecendo um atendimento humanizado e eficiente.

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Solidariedade e Compromisso: Nota Pública da AMIB sobre o Episódio de Transmissão de HIV em Transplante de Órgãos

Solidariedade e Compromisso: Nota Pública da AMIB sobre o Episódio de Transmissão de HIV em Transplante de Órgãos.

Nota Pública – Esclarecimento da AMIB sobre Ofícios Emitidos durante a Pandemia de COVID-19​

Nota Pública - Esclarecimento da AMIB sobre Ofícios Emitidos durante a Pandemia de COVID-19

TJAC Adere à Campanha “Orgulho de Ser Intensivista 2024” e Reforça a Importância dos Profissionais de UTI​

TJAC Adere à Campanha “Orgulho de Ser Intensivista 2024” e Reforça a Importância dos Profissionais de UTI

Em uma importante demonstração de apoio à medicina intensiva, o Tribunal de Justiça do Acre (TJAC) anunciou sua adesão à campanha “Orgulho de Ser Intensivista 2024”, promovida pela Associação Brasileira de Medicina Intensiva (AMIB). Com início previsto entre os dias 4 e 11 de novembro, a campanha já começou a ganhar destaque com o lançamento do vídeo “Intensivista. Os guardiões da esperança”, em agosto, que busca sensibilizar a sociedade e os gestores de saúde sobre o trabalho essencial desempenhado pelos profissionais que atuam nas Unidades de Terapia Intensiva (UTIs)

Desafios e Reconhecimento dos Intensivistas

A campanha “Orgulho de Ser Intensivista” tem como principal objetivo mudar a percepção de que as UTIs são lugares exclusivamente associados à dor e ao sofrimento. Pelo contrário, a AMIB reforça que esses espaços são locais de cuidado, esperança e recuperação. Segundo a Associação, nove em cada dez brasileiros internados em UTIs conseguem sobreviver, o que demonstra a eficácia dos tratamentos intensivos e a dedicação dos profissionais da área.

Os intensivistas, profissionais especializados no atendimento de pacientes críticos, são os verdadeiros guardiões da vida. Durante a pandemia de Covid-19, esses profissionais enfrentaram jornadas exaustivas, hospitais lotados e desafios éticos complexos, tomando decisões rápidas e cruciais para salvar vidas. Essa experiência reforçou a necessidade de valorização e reconhecimento de seu papel, não apenas em tempos de crise, mas no cotidiano do sistema de saúde.

O Engajamento do TJAC

Para amplificar a mensagem da campanha e demonstrar seu apoio, o TJAC anunciou uma série de ações que serão realizadas ao longo do mês de novembro. O edifício-sede do Tribunal e as demais unidades jurisdicionais do estado serão iluminados nas cores azul e vermelho, representando o esforço contínuo dos profissionais da saúde que atuam nas UTIs. Além disso, o Tribunal veiculará em suas redes sociais materiais educativos e informativos sobre a campanha, ajudando a disseminar a relevância dessa causa.

A adesão do TJAC a essa campanha vai além de um simples gesto simbólico. Trata-se de uma forma de sensibilizar a população e os gestores de saúde sobre a importância dos cuidados intensivos e de reconhecer publicamente a dedicação dos médicos e demais profissionais de saúde. Ao participar dessa iniciativa, o Poder Judiciário do Acre reforça seu compromisso com a saúde pública e com a valorização de uma classe que desempenha um papel vital para a sociedade.

A Relevância de Campanhas como “Orgulho de Ser Intensivista”

Campanhas como a “Orgulho de Ser Intensivista” são essenciais para criar conscientização e promover a valorização dos profissionais que muitas vezes atuam em momentos críticos na vida de seus pacientes. Além disso, essas iniciativas contribuem para a humanização da percepção da UTI, que, embora seja um ambiente hospitalar voltado para o tratamento de casos graves, é também um lugar de esperança, onde vidas são salvas diariamente graças ao empenho dos intensivistas e suas equipes.

A adesão de uma instituição como o TJAC à campanha tem o poder de impactar não apenas os profissionais de saúde, mas também a sociedade em geral, destacando a importância do trabalho realizado nas UTIs e promovendo uma mudança na forma como esses ambientes são vistos. Mais do que nunca, reconhecer a dedicação desses profissionais é uma questão de justiça e gratidão.

Um Futuro com Mais Apoio e Acolhimento

A campanha “Orgulho de Ser Intensivista 2024” é uma iniciativa que nos convida a refletir sobre a importância do acolhimento e da empatia dentro do ambiente hospitalar, especialmente nas UTIs. Ao abraçar essa causa, o TJAC contribui para que a mensagem de valorização desses profissionais ecoe ainda mais forte e que o trabalho nas Unidades de Terapia Intensiva seja reconhecido por sua essência de cuidado e dedicação à vida.

Confira o artigo que foi publicado pelo TJAC na integra:

Link: https://www.tjac.jus.br/2024/09/tjac-adere-campanha-orgulho-de-ser-intensivista-2024/