Critical Care Science: Nossa jornada em 2024 e o que esperar nos próximos meses

Critical Care Science: Nossa jornada em 2024 e o que esperar nos próximos meses

Ao encerrarmos 2024, é inspirador olhar para trás e refletir sobre um ano extraordinário de crescimento e progresso para a Critical Care Science. Este ano, demos passos significativos em direção à nossa missão de nos tornarmos uma revista de destaque na área de terapia intensiva, alcançando marcos importantes que refletem nosso compromisso com a excelência científica e o impacto global.

Uma de nossas maiores conquistas foi a submissão da revista ao Journal Citation Reports (JCR) da Clarivate e ao Embase, duas importantes plataformas de indexação. Juntamente com nossa indexação atual e métricas sólidas de citação, esse progresso é essencial para o desenvolvimento e visibilidade contínuos da Critical Care Science. O reconhecimento por essas plataformas elevará ainda mais a acessibilidade e o impacto das pesquisas de alta qualidade publicadas em nossa revista, reforçando nosso papel como uma fonte confiável e influente de conhecimento em terapia intensiva.

Também observamos um aumento notável de 40% nas submissões em 2024, um testemunho da crescente reputação da revista. Notavelmente, uma parcela maior dessas submissões agora vem de pesquisadores internacionais, marcando uma mudança que destaca nossa crescente influência além do Brasil. Esse aumento na diversidade de submissões enriquece nosso conteúdo e fortalece nossa posição como uma plataforma inclusiva que promove pesquisas inovadoras e impactantes em medicina intensiva.

A qualidade das submissões alcançou novos patamares, e a revista ganhou reconhecimento entre pesquisadores de renome mundial como uma plataforma confiável para publicação na área de terapia intensiva. Ficamos motivados por essa validação e somos gratos à comunidade global de terapia intensiva pela confiança depositada em nós.

Ao olharmos para 2025, estamos animados para continuar construindo sobre esse impulso. Somos uma revista de acesso totalmente aberto, sem custos para leitores e pesquisadores, com a missão de democratizar a pesquisa em terapia intensiva. Nosso objetivo é diversificar ainda mais nosso corpo editorial, atrair submissões de altíssimo nível e consolidar nosso papel como uma voz científica de liderança em terapia intensiva, especialmente para pesquisadores e profissionais de países de baixa e média renda. Juntos, continuaremos a moldar o futuro da terapia intensiva, promovendo pesquisas que melhoram os resultados dos pacientes e transformam práticas em todo o mundo.

Jorge Salluh
Antonio Paulo Nassar Junior
Felipe dal Pizzol
Flavia Machado

Critical Care Science: Our journey in 2024 and what to expect for the next months

As we close 2024, looking back at what has been an extraordinary year of growth and progress for Critical Care Science is inspiring. This year, we took significant strides toward our mission of becoming a premier journal in the field of intensive care, reaching key milestones that reflect our commitment to scientific excellence and global impact.

 

One of our proudest achievements is our submission of the journal to Clarivate’s Journal Citation Reports (JCR) and Embase, two major indexing platforms. Alongside our current indexing and strong citation metrics, this progress is essential to Critical Care Science’s continued development and visibility. Recognition by these platforms will further elevate the accessibility and impact of the high-quality research published in our journal, enhancing our role as a source of reliable and influential knowledge in critical care.

 

We’ve also seen a remarkable 40% increase in submissions in 2024, a testament to the journal’s rising reputation. Notably, a larger portion of these submissions now come from international researchers, marking a shift that underscores our growing influence beyond Brazil. The increase in diversity among our submissions enriches our content and strengthens our position as an inclusive platform that fosters innovative and impactful research in critical care medicine.

 

The quality of submissions has reached new heights, and the journal has gained recognition among high-profile researchers worldwide as a trusted platform for publishing in the intensive care field. We are encouraged by this validation and grateful to the global intensive care community for the confidence they place in us.

 

As we look forward to 2025, we are excited to build on this momentum. We are a full open-access journal with no costs for readers and researchers, and we have a mission to democratize research in intensive care. We aim to further diversify our editorial board, attract even more high-caliber submissions, and solidify our role as a leading scientific voice in critical care, especially for researchers and practitioners in low- and middle-income countries. Together, we will continue to shape the future of critical care, fostering research that improves patient outcomes and transforms practices worldwide.

 

Jorge Salluh

Antonio Paulo Nassar Junior

Felipe dal Pizzol

Flavia Machado

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UTIs crescem 52% no Brasil em 10 anos, mas desigualdades regionais e sociais ainda desafiam o sistema de saúde

UTIs no Brasil cresceram 52% em 10 anos, mas desigualdades regionais e sociais desafiam o sistema de saúde. Descubra os dados do estudo da AMIB e as soluções para distribuição mais justa de leitos e intensivistas.

UTIs crescem 52% no Brasil em 10 anos, mas desigualdades regionais e sociais ainda desafiam o sistema de saúde

Crescimento contínuo se intensificou durante e após a pandemia de Covid-19. Disparidades regionais e entre as redes pública e privada, entretanto, exigem investimentos e adoção de políticas públicas

As Unidades de Terapia Intensiva, ou simplesmente leitos de UTI, cresceram 52% no Brasil na última década, passando de 47.846, em 2014, para 73.160, em 2024. O crescimento mais expressivo se deu entre os anos de 2021 e 2022, durante a pandemia de Covid-19, período em que ficou latente a importância dos cuidados intensivos para gerir uma crise sanitária de grandes proporções. Em que pese o aumento significativo dos leitos complementares, a distribuição destes permanece gravemente desigual, seja pelo aspecto territorial, quanto pelo social.

É que o mostra o estudo A Medicina Intensiva no Brasil: perfil dos profissionais e dos serviços de saúde, divulgado pela Associação de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB). O censo será apresentado e debatido durante a realização do XXIX Congresso Brasileiro de Medicina Intensiva, evento que acontece em São Paulo entre os dias 14 e 16 de novembro. Segundo a publicação, a disparidade começa pela comparação entre a oferta de leitos para a rede pública e a rede privada de saúde.

Em 2024, do total de leitos de UTI existentes no Brasil, 51,7% ou 37.820 são operados pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Os demais 48,3% ou 35.340 estão sob domínio do Sistema Suplementar de Saúde (SSS). Apesar da proximidade dos números de leitos de cuidados intensivos disponíveis entre as redes pública e privada, a diferença entre a população atendida pelos dois universos evidencia o problema. São 24,87 leitos por 100 mil habitantes no SUS (152 milhões de SUS dependentes), enquanto os beneficiários dos planos de saúde possuem 69,28 leitos para cada 100 mil (51 milhões de beneficiários de planos e seguros de assistência médica).

Outra disparidade é verificada entre as regiões do País. Enquanto o Norte apresenta 27,52 leitos totais de UTI por 100 mil habitantes, o Sudeste registra 42,58 leitos por 100 mil. Em todo o País, a densidade de leitos por 100 mil habitantes é de 36,06; mas 19 dentre os 27 estados da federação estão abaixo desse patamar. A diferença se acentua ainda mais na comparação entre estados, com extremos que vão de 20,95 (Piauí) a 76,68 (Distrito Federal).

Uma análise crítica sobre as informações do estudo demonstra a necessidade de adoção de políticas públicas que promovam uma distribuição mais justa da infraestrutura hospitalar e de profissionais intensivistas pelo país.  Para a presidente da AMIB, Patrícia Mello, “é necessário realizar investimentos públicos consistentes para melhorar o acesso a leitos e profissionais qualificados, expandindo os programas de residência em Medicina Intensiva em locais mais afastados e implementando políticas de incentivo para atrair médicos intensivistas para as áreas mais carentes da especialidade”. 

Especialidade em franca expansão – Enquanto o número total de médicos, com ou sem especialidade, cresceu 51% entre 2011 e 2023, em todo o País, a quantidade de médicos especialistas em Medicina Intensiva cresceu 228% no mesmo período. São 8.091 intensivistas em 2023, em contraste com os 2.464 em 2011. 
A maior parte dos médicos intensivistas em atividade se formou há mais de dez anos, com uma faixa expressiva, entre dez e 39 anos de prática profissional, constituindo mais de 75% do total.

 

Dentre os intensivistas a maioria é do sexo masculino (60%) e a faixa etária predominante é economicamente ativa, entre 35 e 64 anos, com uma idade média de 52 anos. As mulheres estão mais presentes nas faixas etárias mais jovens, sugerindo uma possível tendência de aumento da participação feminina na especialidade ao longo do tempo.

 

Apesar do crescimento geral da especialidade, as regiões Norte e Nordeste possuem uma média inferior de intensivistas por habitante em comparação com outras regiões, acompanhando a tendência apresentada pela presença menor de leitos de UTI nessas. O Sudeste soma 6.239 registros profissionais, enquanto o Centro-Oeste detém 899 registros, e o Norte possui apenas 348 registros.


O Distrito Federal tem a maior densidade de médicos intensivistas, com 14,06 especialistas para cada 100 mil habitantes. Esse valor representa quase o dobro da densidade da região Sudeste (7,35) ou quase três vezes a densidade do Mato Grosso do Sul (4,90), que possui uma base populacional semelhante. Em outro extremo, o estado do Amapá possui cinco intensivistas, no total, o que gera uma densidade praticamente nula de especialistas para cada 100 mil habitantes.


Nas capitais, a probabilidade de encontrar esse profissional é significativamente maior. A densidade de intensivistas nas 27 capitais brasileiras (14,28) é cinco vezes maior do que a encontrada na soma de todos os outros municípios (2,84).

 

SERVIÇO:

Estudo: A Medicina Intensiva no Brasil: perfil dos profissionais e serviços de saúde

XXIX Congresso Brasileiro de Medicina Intensiva

Data: 14 a 16 de novembro

Local: Transamérica Expo Center

Contatos: (61) 99146-8892 / amib@360comunicacao.com

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AMIB lança campanha para prevenção e tratamento da perda de massa muscular durante internação na UTI

IRA ocorre em cerca de 30% dos pacientes internados em UTI Pediátrica e Neonatal

IRA ocorre em cerca de 30% dos pacientes internados em UTI Pediátrica e Neonatal

Como fazer diagnóstico de Insuficiência Renal Aguda (IRA) de forma precoce na
UTI foi o tema apresentado pela Dra. Nilzete Liberato Bresolin, vice-presidente da
AMIB, no início da tarde do segundo dia de CBMI 2024. IRA ocorre em cerca de
30% dos pacientes internados em UTI Pediátrica. Porém, normalmente há
subdiagnóstico de casos.

A creatinina é o marcador mais utilizado, porém, apresenta baixa sensibilidade.
Dentre os fatores que interferem com a geração da creatinina estão o conteúdo de
proteína animal da dieta, massa muscular do paciente e a função hepática. Seus
resultados, também, são afetados em situações de sobrecarga hídrica. Estes fatores
precisam ser considerados

Para isso, Dra Nilzete destaca alguns passos necessários para que a creatinina seja
analisada de forma correta: Dosagens seriadas da creatinina e corrigidas para a
sobrecarga hídrica. E, também, Monitoramenro da diurese. Além disso, recomenda
utilizar índice angina renal em até 12h de hospitalização que permite prever
desenvolvimento de IRA grave no terceiro dia de UT, facilitando a instituição
precoce de medidas preventivas de agravo.

Por fim, Dra. Nilzete destacou a importância da utilização do Teste de Estresse com
Furosemida como ferramenta diagnóstica de simples realização e baixo custo.

Toda a programação pode ser vista em https://cbmi2024.amib.org.br/evento/cbmi2024/programacao/lista.

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AMIB lança campanha para prevenção e tratamento da perda de massa muscular durante internação na UTI

AMIB lança campanha para prevenção e tratamento da perda de massa muscular durante internação na UTI

Nesta quinta-feira, foi lançada a campanha “Sarcopenia – da prevenção à reabilitação na UTI”, pela Associação de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB), em parceria com a Nestle Health Science. A iniciativa visa conscientizar tanto os profissionais de saúde quanto a população em geral sobre os efeitos negativos associados à sarcopenia, condição caracterizada pela perda acentuada de massa e força muscular.

A campanha foi apresentada oficialmente durante o XXIX Congresso Brasileiro de Medicina Intensiva, que ocorre em São Paulo (SP), com foco em sistematizar o diagnóstico e tratamento da sarcopenia na UTI. Isso porque o paciente diagnosticado com sarcopenia tem 10x mais chance de infecção. E é possível perder 30% em 14 dias na Unidade de Tratamento Intensivo.

“A sarcopenia pode acometer o paciente por diferentes fatores, o principal deles é o processo natural de envelhecimento do corpo, com as mudanças hormonais e a diminuição dos neurônios motores. No âmbito hospitalar, está relacionada aos períodos de internação, sobretudo na UTI – e à consequente diminuição da mobilidade – ou a pacientes que já ingressam na unidade com baixa musculatura”, explica a presidente da AMIB, Patrícia Mello.

PREVALÊNCIA – Em dez dias após a internação do paciente, a perda muscular já é verificável, principalmente do quadríceps. Além disso, cerca de 20% a 70% deles apresentam baixa massa muscular no momento da sua admissão na UTI. Já os casos de atrofia muscular, que o paciente grave costuma experimentar, estão associados à pior mortalidade, aumento do tempo de internação hospitalar e na UTI.

“A redução da muscularidade pode provocar alterações de força que impactam na funcionalidade dos movimentos. Este déficit pode perdurar por meses ou até anos após a alta da UTI. Uma vez instalado, influencia diretamente na realização de atividades simples, que anteriormente eram desempenhadas com facilidade pelo paciente. É um custo significativo para a qualidade de vida”, alerta a presidente da AMIB.

PREVENÇÃO – A prevenção da sarcopenia envolve uma abordagem multidisciplinar, focada em exercícios de resistência, ingestão adequada de proteínas e suplementação nutricional quando necessário. Segundo complementa Toledo, a prática regular de exercícios físicos e o controle de doenças crônicas também são essenciais para preservar a massa muscular e a função física.

Para os pacientes que já se encontram hospitalizados e acamados, estudos demonstram que a intervenção precoce da equipe de saúde é benéfica para atenuar a redução da massa magra. A reabilitação iniciada na UTI melhora vários desfechos, desde tempo de internação do paciente, sobrevida e performance funcional, se comparada à reabilitação motora implementada tardiamente.

PROTOCOLO – Com ênfase nos profissionais de saúde, a ideia da campanha também é sistematizar o diagnóstico e manejo da sarcopenia, abrangendo desde a admissão do paciente até a alta da UTI. Desenvolvida com base em métodos inclusivos e visando a aplicabilidade em UTIs de todo o Brasil, a campanha utiliza-se do método mnemônico para transformar a palavra “SARCOPENIA” num acróstico, por meio do qual cada letra representa uma intervenção específica para gestão dos pacientes. Confira abaixo:

S – SCREENING – SARC-F

A – AVALIAR FORÇA

R – REALIZAR AVALIAÇÃO DA MASSA MUSCULAR

C – CHECAR FATORES DE RISCO

O – OTIMIZAÇÃO HIDRO-ELETROLITICA

P – PROTEÍNA

E – EXERCÍCIO

N – NUTRIENTES ESPECÍFICOS

I – INVESTIGAÇÃO PRECOCE DA DISFAGIA

=A – ASSEGURAR A CONTINUAÇÃO DO CUIDADO

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“A medicina intensiva é a especialidade do futuro”, diz Dra. Patrícia Mello, presidente da AMIB, durante abertura do XXIX CBMI 2024, em SP

“A medicina intensiva é a especialidade do futuro”, diz Dra. Patrícia Mello, presidente da AMIB, durante abertura do XXIX CBMI 2024, em SP

Foi dada a largada ao XXIX Congresso Brasileiro de Medicina Intensiva (CBMI), no Transamérica Expo Center, em São Paulo, na manhã desta quinta, 14. Durante o evento de abertura, a presidente da Associação de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB), dra. Patrícia Mello, reforçou o trabalho realizado pelos profissionais brasileiros nas últimas décadas. “Temos muito a celebrar, porque a nossa especialidade cresceu exponencialmente nos últimos 20 anos e isso impactou diretamente no trabalho das UTIs e nos desfechos nos pacientes”, disse.

Patrícia destacou, ainda, o trabalho realizado pela AMIB, que chega em todo território brasileiro por meio de 25 regionais, além de recentes congressos no continente africano e da expectativa das programações na Europa para 2025. “Somos uma das especialidades mais procuradas na medicina e, por conta do envelhecimento da sociedade, estaremos no papel central da sociedade nos próximos anos. Há muito a ser feito, como por exemplo melhorar a distribuição de leitos pelo país e essa será uma de nossas missões”.

A presidente do CBMI 2024, dra. Carmen Barbas, abriu o evento com agradecimentos à comissão científica e diretoria executiva que produziram toda a programação dos três dias de evento. “Serão dias de muito conhecimento e muita informação ao mesmo tempo, com conferências, mesas redondas, sessões temáticas e painéis. São mais de 40 palestrantes internacionais e mais de 300 no total. Espero muito que todos aproveitem todo o conhecimento que será compartilhado”.

UTI: corredor da vida

Outro destaque da abertura foi a apresentação do diretor emérito, fundador do centro de terapia intensiva do Hospital Israelita Albert Einstein e presidente de honra do CBMI 2024, dr. Elias Knobel. Ele contou a trajetória de sua experiência na terapia intensiva desde 1972 e os desafios das UTIs no Brasil.

“Passamos pelo desafio de lidar com a UTI sendo encarada como o corredor da morte, toda a imprensa chamava assim. Então, tivemos que desmistificar muita coisa e vivemos épocas difíceis, como a época da Aids, quando havia muito preconceito, o período da Covid 19, quando o trabalho do profissional de medicina intensiva ficou no protagonismo e tudo isso trouxe muito valor diante à opinião pública”, disse Knobel, que finalizou destacando o valor do trabalho da terapia intensiva. “Com o trabalho que realizamos, diante de tanto avanço, eu chamo a UTI de ‘corredor da vida’ .

Homenagem a Dra. Mariza

O momento de inspiração e comoção durante a abertura da CBMI 2024 ficou por conta da homenagem realizada à dra. Mariza D’Agostino Dias, a primeira presidente da AMIB. A profissional ganhou papel de destaque como uma das grandes líderes da medicina intensiva no Brasil e abriu caminhos para a especialidade.

Um vídeo sobre sua trajetória foi exibido para todo o público presente e causou muita emoção para a própria dra. Mariza, que estava no palco para receber as honrarias. “Para mim, é uma honra chegar até aqui. Apesar dessa homenagem, não sou eu ou a Patrícia (presidente da AMIB) que somos responsáveis pelos avanços. A terapia intensiva é coletiva, e ninguém é mais ou menos. O foco é sempre o paciente”, disse a homenageada.

Próximos dias

A programação da CBMI 2024 segue nesta quinta e os destaques para os próximos dias 15 e 16 estão as conferências sobre assistência ventricular no choque cardiogênico, human fators and mistakes, além da sessão de defesa profissional e gestão de segurança e qualidade.

O público também aguarda com expectativa as discussões sobre o “Impacto das catástrofes para o intensivista: o que podemos aprender com o RS”, além da palestra sobre hemodinâmica no paciente em choque.

Toda a programação pode ser vista em https://cbmi2024.amib.org.br/evento/cbmi2024/programacao/lista.

Sobre o evento

Contando com a participação de 43 palestrantes estrangeiros e mais de 230 especialistas no total, o congresso oferecerá uma vasta programação com mais de 300 palestras e conferências distribuídas em 11 salas, abrangendo aproximadamente 700 temas científicos de relevância. Entre os palestrantes internacionais confirmados, destacam-se Adrian Wong, Alfredo Mattos, Andre Kalil, Anna Pascual e muitos outros que compartilharão suas experiências e inovações com os participantes.

“Nesses dias, acompanharemos o paciente crítico em toda a sua trajetória, desde a chegada ao ambiente hospitalar, com suas características próprias, à sua reabilitação e reinserção na sociedade. Discutiremos o papel das novas tecnologias, a incorporação da inteligência artificial, a gestão de novos processos assistenciais, além dos cuidados diários à beira-leito, com desdobrada atenção aos processos humanísticos em todo esse quadro”, destacou a presidente da AMIB. Patrícia Mello.

A programação científica abrange uma diversidade de temas para o aprimoramento da prática intensiva no Brasil. Serão abordados tópicos como o manejo avançado de pacientes críticos, inovações em ventilação mecânica, monitoramento hemodinâmico, suporte nutricional, cuidados paliativos e ética na terapia intensiva. Além disso, temas emergentes como inteligência artificial, práticas de segurança e gestão de UTI, e abordagens para sepse e insuficiência respiratória aguda estarão em destaque.

Outra novidade é a adoção dos princípios ESG (Environmental, Social and Governance), que nesta edição ganharam forma em todas as atividades do evento. Em seu planejamento, foram colocadas em prática diversas ações que promoveram a sustentabilidade ambiental, social e de governança, reforçando o compromisso da AMIB com um futuro mais sustentável.

Contato para Imprensa

Associação de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB)
E-mail: amib@360comunicacao.com
Telefone: (11) 99146-8892

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Palestras e debates internacionais marcam a primeira manhã do CBMI 2024

Palestras e debates internacionais marcam a primeira manhã do CBMI 2024

O Congresso Brasileiro de Medicina Intensiva (CBMI) 2024, sediado no
Transamérica Expo Center, em São Paulo, teve três diferentes debates
internacionais em sua primeira manhã, na sala principal, após a abertura e
homenagens a figuras importantes do cenário médico intensivista.

Os participantes puderam acompanhar uma conferência com o Dr. Mervyn Singer,
palestrante inglês, que abordou a trajetória e as definições da Sepse ao longo dos
anos.

Ocorreu ainda um debate com convidados nacionais e internacionais de diferentes
universidades do mundo, como Argentina, Portugal e Itália. As diferentes
impressões e visões dos debatedores aqueceu o debate sobre Síndrome do
desconforto respiratório.

Uma das participantes deste segundo debate foi a Dra. Carmen Barbas, presidente
do CBMI 2024. Ela analisou os processos para o diagnóstico da síndrome: tratar a
infecção, caso exista, analisar qual é a possível causa para o quadro, e, após fechar
o diagnóstico, verificar ainda requisitos como idade, e comorbidades associadas
daquele paciente, além de avaliar a parte metabólica do quadro.

Palestrantes brasileiros estiveram ainda com especialistas do Canadá e da
Argentina para a discussão do desmame da ventilação mecânica.

Os três dias de evento oferecem 43 palestras internacionais presenciais. A CBMI
tem o objetivo de melhorar o diagnóstico, debater atendimentos humanizados e
reintegrar os pacientes da UTI, com a assistência de profissionais multidisciplinares,
a vida rotineira de trabalho e tempo livre com uma boa condição de saúde.

 

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No mês da prematuridade, AMIB alerta para déficit de 1.500 leitos de UTI neonatal no Brasil

No mês da prematuridade, AMIB alerta para déficit de 1.500 leitos de UTI neonatal no Brasil

Quase 40 prematuros nascem a cada hora no Brasil, e para garantir a assistência a esses recém-nascidos, os sistemas de saúde público e privado contam com 10.288 leitos de Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) neonatais. No entanto, um levantamento realizado pela Associação de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB) aponta que, em 17 estados, a quantidade de leitos de UTI neonatal é inferior ao recomendado (4 leitos por 1.000 nascidos vivos), mesmo somando os leitos do Sistema Único de Saúde (SUS) e da rede suplementar. Nestas unidades da federação, seria necessário um aumento de cerca de 1.500 leitos adicionais para atingir a meta de cobertura mínima recomendada.

 

O alerta faz parte das ações alusivas ao mês da prematuridade, o Novembro Roxo, que visa aumentar a conscientização sobre os desafios enfrentados pelos bebês prematuros e suas famílias. O tema também será um dos destaques do Congresso Brasileiro de Medicina Intensiva (CBMI) 2024, que acontece nesta semana, entre 14 e 16 de novembro, em São Paulo (SP).

 

Durante o evento, especialistas discutirão a importância de uma infraestrutura adequada e de cuidados intensivos especializados para neonatos, ressaltando a necessidade de políticas públicas para garantir a sobrevivência e o bem-estar das crianças que nascem antes de 37 semanas de gestação e apresentam estado de saúde grave, especialmente no Norte e Nordeste do País.

 

“Ainda enfrentamos grandes desafios quando se trata de oferecer cuidados adequados aos bebês prematuros. A falta de leitos de UTI neonatal em algumas localidades, a desigualdade na distribuição de recursos e a sobrecarga do SUS são questões que afetam diretamente a saúde dessas crianças vulneráveis. Precisamos garantir que todos os bebês prematuros, independentemente de sua localização, recebam os cuidados necessários para uma chance de vida plena”, destacou a presidente da AMIB, Patrícia Mello.

 

Apesar de a média nacional estar ligeiramente acima do preconizado, com 4,06 leitos por 1.000 nascidos vivos, considerando tanto a rede pública quanto a privada, se avaliados apenas os leitos disponíveis no SUS, a média cai para 2,03 leitos. “Em nenhum estado brasileiro, as condições das UTI atendem os parâmetros ideais, no que se refere aos leitos do SUS. Além de revelar uma dependência do setor privado, o levantamento mostrou a desigualdade na distribuição geográfica dos leitos”, destacou a intensivista.

Abaixo do recomendado – Pelos números apurados, os estados que têm piores indicadores leitos/nascidos vivos são Acre, Amazonas, Roraima e Maranhão. Em todos eles, a proporção é inferior a 2 leitos por mil nascidos vivos, ou seja, metade da média nacional. Neste cálculo foram considerados os serviços públicos e privados. Avaliando-se apenas a performance do setor público (ou seja, os leitos de UTI neonatal disponíveis para o SUS), o quadro é ainda pior: nenhum estado alcança o parâmetro recomendado pelos especialistas e somente 11 estados superam ou igualam a média nacional.

Fonte: Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES). Elaboração: AMIB

 

A região Sudeste exibe a melhor cobertura combinada – SUS e não SUS –, com 5,55 leitos por 1.000 nascidos vivos, destacando-se como a região com menor déficit e a melhor capacidade de atendimento, inclusive com excedente em estados como Rio de Janeiro (9,05) e São Paulo (5,03). Já o Norte está bem abaixo da meta, com apenas 2,42 leitos. O déficit total estimado em cindo estados da região é de aproximadamente 453 leitos para atingir a meta.

 

Na análise realizada, é possível verificar também a desigualdade na distribuição geográfica dos leitos. Só o Sudeste concentra mais da metade do total de UTIs neonatal de todo o País: 44% das que estão no SUS e 60% do privado. Já o Norte tem a menor proporção: apenas 7% de todos os leitos (8% públicos e 6% privados).

 

 

“Embora a quantidade de leitos tenha aumentado nos últimos anos, a quantidade de leitos no SUS ainda é insuficiente para cobrir a crescente demanda”, pontua o presidente do Conselho Consultivo da AMIB, Ederlon Rezende, ao defender a adoção de medidas urgentes que resolvam essa situação e outras que permitirão o nascimento seguro se tornem realidade de Norte a Sul.

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Em novembro, Brasil se veste de azul e vermelho para celebrar campanha Orgulho de ser Intensivista

Em novembro, Brasil se veste de azul e vermelho para celebrar campanha Orgulho de ser Intensivista

Em novembro, prédios, monumentos e pontos turísticos em diferentes cidades do Brasil ganharão iluminação especial nas cores azul e vermelho, em apoio à edição 2024 da campanha Orgulho de Ser Intensivista, promovida pela Associação de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB) e suas regionais. O objetivo da campanha é combater o estigma das Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) e destacar o importante papel dos intensivistas na recuperação de pacientes críticos.

Até o momento, a campanha conta com o apoio de 68 parceiros, incluindo 46 instituições, 11 governos estaduais, sete prefeituras, dois clubes de futebol e duas concessionárias aeroportuárias. Além da iluminação de prédios e monumentos, a ação conta com a distribuição de conteúdo educativo, mostrando que as UTIs não representam o fim da linha para pacientes graves, mas sim espaços de esperança, cuidado e acolhimento.

“A iluminação de monumentos e a adesão de tantos parceiros a esta campanha mostram a importância de valorizar o trabalho dos intensivistas e desmistificar o papel das UTIs. Essas unidades são locais de vida, de recuperação e de esperança para os pacientes mais graves. Com a campanha Orgulho de Ser Intensivista, buscamos ampliar a compreensão da sociedade sobre o impacto positivo que a medicina intensiva tem na saúde dos brasileiros”, afirma Patrícia Mello, presidente da AMIB.

Saiba mais sobre a campanha em https://orgulhodeserintensivista.org.br/

Confira abaixo alguns dos parceiros que apoiam a campanha Orgulho de Ser Intensivista, agrupados por Unidade Federativa:

  • Acre (AC): O edifício-sede do Tribunal de Justiça do Estado do Acre (TJAC) e as demais unidades jurisdicionais do estado foram iluminadas nas cores azul e vermelho em apoio à campanha.

    Amapá (AP): O Norte da Amazônia Airports (NOA) divulgou o material da campanha.

    Amazonas (AM): A sede do Governo do Estado do Amazonas recebeu iluminação especial em apoio à campanha entre 4 e 11 de novembro. O Teatro Amazonas, principal símbolo cultural e arquitetônico do Estado, tombado pelo Patrimônio Histórico Nacional, se iluminou de azul e vermelho no dia 10 de novembro, às 18h30. A Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa do Amazonas divulgou o material da campanha.

    Bahia (BA): A Prefeitura Municipal de Salvador iluminou o Monumento a Clériston Andrade e os Arcos da Ladeira da Montanha nas cores azul e vermelho entre 4 e 11 de novembro.

    Ceará (CE): A Secretaria da Saúde do Estado do Ceará (Sesa) divulgou o material da campanha.

    Distrito Federal (DF): O Palácio do Buriti, sede do Governo do Distrito Federal, ganhou tons azul e vermelho entre 4 e 11 de novembro, assim como a Torre de TV de Brasília e o Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT). A Esplanada dos Ministérios, que inclui o Ministério da Saúde e mais 16 ministérios, recebe iluminação especial entre 08 e 13 de novembro. As sedes da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) e da Fiocruz de Brasília foram iluminadas de azul e vermelho no dia 10 de novembro. A cúpula do Senado Federal foi iluminada de azul e vermelho nos dias 10 e 11 de novembro em apoio à campanha. A sede do Superior Tribunal de Justiça (STJ) ganhou tons de azul e vermelho entre 04 e 11 de novembro. Em apoio à campanha, o Supremo Tribunal Federal (STF) recebe iluminação azul e vermelho entre 11 e 16 de novembro. O Banco de Brasília S.A (BRB), através da sua operadora de planos de saúde, assim como o Conselho Federal de Medicina (CFM), o Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems), o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e o Superior Tribunal Militar (STM) divulgaram o material da campanha.

    Espírito Santo (ES): A Prefeitura Municipal de Vitória iluminou nas cores azul e vermelho o Viaduto do Caramuru, a Ponte da Ilha do Frade e a Catedral Metropolitana de Vitória entre 4 e 11 de novembro.

    Mato Grosso (MT): A Secretaria de Estado de Saúde de Mato Grosso (SES-MT) divulgou o material alusivo ao tema.

    Mato Grosso do Sul (MS): O Tribunal Regional do Trabalho da 24ª Região (MS) divulgou o material da campanha.

    Minas Gerais (MG): O América Futebol Clube (América Mineiro) e a Prefeitura Municipal de Belo Horizonte divulgaram o material alusivo ao tema.

    Pará (PA): O Norte da Amazônia Airports (NOA) divulgou o material da campanha.

    Paraíba (PB): O Tribunal de Justiça do Estado da Paraíba (TJPB) ilumina nas cores azul e vermelho o Palácio da Justiça, os Fóruns Cível e Criminal durante todo o mês de novembro e a Escola Superior da Magistratura da Paraíba (Esma) e a Corregedoria entre 4 e 30 de novembro.

    Paraná (PR): A sede da Assembleia Legislativa do Estado do Paraná (Alep) ganhou tons de azul e vermelho no dia 10 de novembro. A Prefeitura Municipal de Curitiba iluminou nas cores alusivas à campanha a Estufa do Jardim Botânico entre 4 e 11 de novembro. O Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) iluminou o seu prédio-sede e o Fórum de Curitiba nas cores azul e vermelho entre 4 e 11 de novembro em apoio à campanha.

    Pernambuco (PE): O Edifício Governador Miguel Arraes de Alencar, sede da Assembleia Legislativa do Estado de Pernambuco (Alepe), foi iluminado nas cores azul e vermelho entre 4 e 10 de novembro. A concessionária de aeroportos Aena Brasil divulgou o material da campanha.

    Piauí (PI): O Palácio Karnak, sede do Gabinete Militar da Governadoria do Estado do Piauí, recebeu iluminação nas cores alusivas à campanha entre 4 e 11 de novembro.

    Rio de Janeiro (RJ): O Palácio Guanabara, sede do Governo do Estado do Rio de Janeiro, foi iluminado nas cores azul e vermelho entre 4 e 8 de novembro em apoio à campanha. A Prefeitura Municipal do Rio de Janeiro iluminou o Monumento a Estácio de Sá nas cores alusivas à campanha entre 4 e 11 de novembro.  O Palácio Pedro Ernesto, sede da Câmara Municipal do Rio de Janeiro, foi iluminado nas cores azul e vermelho entre 4 e 11 de novembro em apoio à campanha. A Câmara Municipal de Niterói ganhou tons azul e vermelho entre 4 e 11 de novembro.

    Rio Grande do Norte (RN): A fachada do Hospital Estadual Telecila Freitas Fontes (HETFF), vinculado à Secretaria de Estado da Saúde Pública (SESAP), sob administração do Governo do Estado do Rio Grande do Norte foi iluminada nas cores azul e vermelho em apoio à campanha.

    Rio Grande do Sul (RS): O Palácio Piratini, sede do Governo do Estado do Rio Grande do Sul, recebeu iluminação nas cores azul e vermelho entre 4 e 11 de novembro. A Arena do Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense está iluminada de azul durante todo o mês de novembro em apoio à campanha.

    Santa Catarina (SC): A sede da Justiça Federal de Santa Catarina (JFSC) foi iluminada nas cores alusivas à campanha entre 4 e 11 de novembro. A Prefeitura Municipal de Florianópolis iluminou a Figueira da Praça XV de Novembro nas cores azul e vermelho entre 4 e 10 de novembro. O Tribunal Regional do Trabalho da 12ª Região (TRT-SC) e o Tribunal Regional Eleitoral de Santa Catarina (TRE-SC) divulgaram o material da campanha.

    São Paulo (SP): Durante todo o mês de novembro, a Associação Médica Brasileira (AMB) ilumina sua sede nas cores alusivas à campanha. O Palácio Anchieta, sede da Câmara Municipal de São Paulo, está iluminada de azul durante todo o mês de novembro. O Palácio dos Bandeirantes, sede do Governo do Estado de São Paulo, recebeu iluminação nas cores azul e vermelho entre 4 e 11 de novembro. A Prefeitura Municipal de São Paulo iluminou de azul e vermelho a Ponte Estaiada Octávio Frias de Oliveira, o Viaduto do Chá, o Pateo do Collegio e a Biblioteca Mário de Andrade entre 7 e 11 de novembro. As estações Sumaré, Trianon-Masp, Sacomã e Tamanduateí do Metrô de São Paulo receberam iluminação especial em apoio à campanha. A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) aderiu à campanha e divulgou o material.

    Sergipe (SE): O Tribunal Regional Eleitoral de Sergipe (TRE-SE) divulgou material alusivo ao tema.

    *Atualizado até o dia 11 de novembro de 2024.

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O Papel da Medicina Intensiva no Brasil: Reflexões e Desafios do Dia do Intensivista

O Papel da Medicina Intensiva no Brasil: Reflexões e Desafios do Dia do Intensivista

No dia 28 de outubro, comemoramos o Dia do Intensivista, data dedicada a homenagear os profissionais da medicina intensiva, que desempenham um papel essencial no atendimento de pacientes em estado crítico. Este ano, no Plenário da Câmara dos Deputados, a Dra. Patrícia Mello, presidente da Associação de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB), fez um discurso inspirador que destacou tanto a importância quanto os desafios enfrentados pelos intensivistas em nosso país. Vamos explorar alguns dos principais pontos abordados por ela e entender como a medicina intensiva pode melhorar o sistema de saúde brasileiro.

A Importância da Medicina Intensiva

A medicina intensiva é uma especialidade que surgiu entre as décadas de 1940 e 1960, com o desenvolvimento de novas tecnologias e técnicas, como a hemodiálise, os ventiladores artificiais e os desfibriladores. Com esses avanços, tornou-se possível salvar pacientes em condições antes consideradas fatais, o que abriu caminho para tratamentos intensivos e, mais tarde, para as modernas Unidades de Terapia Intensiva (UTIs). No Brasil, a prática começou a se consolidar nos anos 60, embora tenha demorado mais para alcançar sua profissionalização completa e o reconhecimento como especialidade médica, o que só ocorreu em 2002.

Dra. Patrícia destaca que o intensivista é o médico responsável pelo cuidado integral de pacientes críticos, recebendo casos de todas as especialidades médicas e oferecendo suporte avançado a pacientes com falência de múltiplos órgãos. Esse profissional precisa ter um conhecimento profundo e atuar rapidamente em situações de risco, tomando decisões que muitas vezes são cruciais para a sobrevivência do paciente.

Desafios das UTIs no Brasil

Apesar de sua importância, a medicina intensiva ainda enfrenta muitos desafios no Brasil. Dra. Patrícia ressalta que, historicamente, a especialidade permaneceu “invisível” para muitos setores da sociedade e até mesmo para gestores públicos. Um dos maiores problemas é a falta de equidade no acesso às UTIs. Em regiões mais afastadas dos grandes centros urbanos, como o Norte e Nordeste, a oferta de UTIs e de profissionais especializados é significativamente menor, o que impede que muitos brasileiros tenham acesso ao atendimento intensivo de qualidade.

Outro ponto levantado foi a falta de profissionais capacitados em diversas regiões, o que impacta diretamente a qualidade do atendimento. A escassez de intensivistas dificulta a ampliação de leitos e a criação de uma infraestrutura de cuidados intensivos em áreas vulneráveis, o que gera desigualdade no sistema de saúde e limita o acesso de muitos pacientes aos cuidados necessários.

Lições da Pandemia

A pandemia de COVID-19 trouxe visibilidade à importância da medicina intensiva e revelou os desafios das UTIs de forma incontestável. Durante esse período, ficou claro que um leito de UTI não é apenas uma cama cercada de equipamentos. O atendimento de alta qualidade depende de uma equipe multidisciplinar capacitada e experiente. Como Dra. Patrícia ressaltou, equipamentos não salvam vidas sozinhos; o verdadeiro valor de uma UTI está na competência e dedicação dos profissionais de saúde que trabalham nela.

Durante a pandemia, a demanda por leitos e respiradores aumentou drasticamente. No entanto, muitos pacientes passaram a temer o uso desses equipamentos, principalmente após relatos de insucesso em UTIs improvisadas. Esse cenário foi um alerta importante: a improvisação em ambientes complexos como UTIs não gera bons resultados. O improviso, nesses casos, é sinônimo de riscos e falhas, que podem colocar em risco a vida dos pacientes.

Propostas para Melhorar a Medicina Intensiva no Brasil

Dra. Patrícia Melo apresentou algumas sugestões para fortalecer a medicina intensiva no Brasil e garantir um atendimento de qualidade a todos os cidadãos:

  • Gestão Profissional e Vigilância: Para evitar práticas inadequadas e garantir que as UTIs funcionem com responsabilidade, é necessária uma gestão qualificada. Dra. Patrícia propõe uma vigilância constante e o cumprimento rigoroso de normas e regulamentos para manter a qualidade do atendimento.

  • Equidade no Acesso às UTIs: Para que todos os brasileiros tenham acesso a um cuidado intensivo de excelência, é necessário resolver a má distribuição de leitos e profissionais qualificados. Investir em novas UTIs nas regiões menos atendidas pode gerar um sistema mais justo e acessível.

  • Incentivo à Pesquisa e Inovação: A medicina intensiva brasileira, apesar das dificuldades, já possui reconhecimento internacional. Investir em pesquisa e tecnologia pode levar a novos avanços e soluções para melhorar os resultados clínicos e reduzir a mortalidade.

  • Educação e Capacitação Contínua: Dra. Patrícia defende a necessidade de educação continuada, especialmente para profissionais que atuam longe dos grandes centros. A formação contínua dos plantonistas e a capacitação de novos intensivistas são essenciais para garantir um atendimento padronizado e de qualidade em todas as regiões do Brasil.

  • Valorização e Visibilidade: A medicina intensiva é uma especialidade difícil, que exige muito dos profissionais. Esses especialistas precisam ser valorizados e incentivados, não apenas em tempos de crise, mas diariamente, para que possam continuar oferecendo um cuidado de qualidade e inspirando as próximas gerações a seguirem essa vocação.

Um Apelo aos Representantes Públicos

Dra. Patrícia Melo encerrou seu discurso com um apelo aos representantes públicos para que apoiem as melhorias necessárias nas UTIs. Ela ressalta que é essencial garantir a qualidade e segurança do atendimento intensivo, assegurando que, quando faltar a saúde a qualquer brasileiro, ele receba o cuidado competente e digno que merece. A homenagem e a oportunidade de serem ouvidos são passos importantes para que os profissionais de saúde intensiva alcancem a visibilidade necessária e para que as UTIs recebam o suporte indispensável.

A Transformação das UTIs no Brasil: Como o Projeto "UTIs Brasileiras" Está Salvando Vidas

A mensagem da Dra. Patrícia Melo no Dia do Intensivista serve como um importante lembrete da importância da medicina intensiva e dos desafios que ainda precisam ser enfrentados. Com o apoio de políticas públicas adequadas, investimentos em capacitação e uma gestão profissional, o Brasil pode avançar para um sistema de saúde mais justo, onde todos tenham acesso ao atendimento intensivo de qualidade.

Se você deseja entender mais profundamente o impacto da medicina intensiva e as necessidades das UTIs no Brasil, assista ao vídeo completo com o discurso da Dra. Patrícia Melo na Câmara dos Deputados. É uma oportunidade de ver, diretamente dos especialistas, como podemos transformar o cuidado intensivo em nosso país.

Assista ao vídeo e saiba mais!

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Projeto UTIs Brasileiras: Reduzindo a Mortalidade e Melhorando a Qualidade das UTIs no Brasil | Dr. Ederlon Rezende

A Transformação das UTIs no Brasil: Como o Projeto "UTIs Brasileiras" Está Salvando Vidas

No Brasil, o atendimento em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) é um dos pilares mais críticos do sistema de saúde, especialmente em tempos de pandemia e outras crises de saúde. No entanto, a disparidade entre as UTIs públicas e privadas do país gera preocupações, com taxas de mortalidade significativamente mais altas em hospitais públicos. Para enfrentar esse desafio, a Associação de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB), em parceria com a Epimed, criou o Projeto UTIs Brasileiras.

No dia 29 de outubro, durante a celebração do Dia do Intensivista no Plenário da Câmara dos Deputados, Dr. Ederlon Rezende, um dos líderes do projeto, apresentou um discurso esclarecedor sobre a importância desta iniciativa para o país.

O Que é o Projeto "UTIs Brasileiras"?

O Projeto UTIs Brasileiras é uma iniciativa pioneira que visa mapear, analisar e melhorar o funcionamento das UTIs em todo o Brasil. Por meio de um extenso banco de dados, o projeto reúne informações sobre o desempenho das unidades de terapia intensiva e oferece ferramentas para a gestão da saúde intensiva em hospitais, com o objetivo de transformar o atendimento e melhorar tanto os processos quanto os resultados para os pacientes.

Uma das principais descobertas do projeto é a grande diferença entre as UTIs públicas e privadas no Brasil, especialmente em termos de taxas de mortalidade. Enquanto as UTIs privadas apresentam uma taxa de mortalidade de 11%, as UTIs públicas enfrentam números alarmantes, com 27% de mortalidade. Essa disparidade reflete não apenas questões de infraestrutura, mas também a falta de gestão e de recursos humanos adequados.

As Causas da Desigualdade nas UTIs

Os fatores que explicam essa desigualdade são diversos. Um dos principais é o acesso desigual à saúde. Pacientes em UTIs públicas geralmente chegam em condições muito mais graves, resultado de uma falta de atendimento primário adequado. Em muitas regiões do Brasil, especialmente no Norte e Nordeste, o acesso a cuidados médicos de qualidade é limitado, o que agrava a saúde das pessoas antes mesmo de chegarem à necessidade de uma UTI.

Outro problema significativo é a escassez de profissionais qualificados nas unidades de terapia intensiva, principalmente nas regiões mais distantes dos grandes centros urbanos. A falta de intensivistas e o baixo nível de capacitação de muitos profissionais contribuem diretamente para os altos índices de mortalidade.

Como o Projeto UTIs Brasileiras Está Ajudando a Mudar o Cenário

O Projeto UTIs Brasileiras já está mostrando um impacto positivo, especialmente em regiões mais carentes. Nas UTIs do Norte e Nordeste, por exemplo, a implementação de indicadores de performance tem permitido uma gestão mais eficiente, levando a uma redução nas taxas de mortalidade.

Ao utilizar ferramentas de análise de dados, o projeto permite que gestores hospitalares implementem processos baseados em evidências, otimizando o uso de leitos e melhorando os protocolos de atendimento. Além disso, a capacitação contínua de profissionais de saúde, como intensivistas, é uma prioridade para garantir que as UTIs ofereçam cuidados adequados e em tempo hábil para os pacientes em estado crítico.

A Necessidade de Políticas Públicas para Apoiar o Projeto

Além das iniciativas já em andamento, Dr. Ederlon Rezende ressaltou, em seu discurso na Câmara dos Deputados, a necessidade de políticas públicas que incentivem a eficiência nas UTIs. Ele sugere que UTIs bem geridas e com bons resultados possam ser premiadas, criando um sistema de recompensas que valorize a excelência no atendimento intensivo.

Dr. Rezende também enfatizou a importância de garantir que as UTIs sejam bem estruturadas e equipadas, com protocolos definidos e uma integração eficiente com o sistema de saúde, de modo que todos os brasileiros, independentemente de sua localização, tenham acesso a um atendimento intensivo de alta qualidade.

Conclusão: O Caminho Para Melhorar a Saúde Intensiva no Brasil

O Projeto UTIs Brasileiras representa uma das iniciativas mais inovadoras e essenciais para o fortalecimento da saúde pública no Brasil. Ao trazer à tona a importância de análise de dados, otimização da gestão e capacitação de profissionais, o projeto tem mostrado resultados impressionantes na redução das taxas de mortalidade e na melhoria do atendimento em UTIs, especialmente em áreas mais vulneráveis.

Se você deseja entender melhor como essa iniciativa está transformando a realidade das UTIs no Brasil e como ela pode garantir um atendimento intensivo digno para todos os brasileiros, assista ao vídeo completo do discurso do Dr. Ederlon Rezende no Plenário da Câmara dos Deputados. No vídeo, ele aprofunda o impacto do projeto e as políticas públicas necessárias para garantir um futuro com mais igualdade e acesso à saúde intensiva no Brasil.

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